domingo, 6 de setembro de 2015

Vidas Áridas na Câmara dos Deputados

O projeto Vidas Áridas tem uma atuação bem definida: temos a pretensão de unir todos os políticos da região e a sociedade para tratar dos recursos hídricos com a seriedade que o assunto exige. O projeto, criado por mim e por meu colega Geraldo Humberto, tem algo fundamental no Jornalismo: a imparcialidade.

No Congresso
Mas hoje o Vidas Áridas não é somente um projeto jornalístico. Somos uma referência em matéria de meio ambiente no Norte de Minas e temos pautados nossas ações em três palavras fundamentais: Ação, ação e ação!
Além das palestras em escolas, da proteção de nascentes e da limpeza de rios, o Vidas Áridas participa efetivamente de audiências públicas.
No mês de julho os membros do projeto foram convidados para falar sobre revitalização do rio São Francisco em uma comissão da casa que trata da transposição do rio.

Fala de Geraldo Humberto
A experiência foi muito rica. O convite partiu da deputada federal Raquel Muniz, e durante a nossa fala, transmitida pela TV Câmara, dezenas de deputados e até mesmo o senador de Sergipe, Eduardo Amorim, participaram da reunião. Foi uma excelente oportunidade para mostrarmos que no norte de Minas existe um projeto bem articulado, que conta com o apoio da afiliada da Globo, onde trabalhamos, e que tem conseguido colocar a convivência com a seca como assunto principal na região. E assim deve ser diante da gravidade do quadro.
Entrevista com o presidente da Comissão
Como jornalista é uma experiência muito rica também, já que é uma oportunidade para adquirir novos conhecimentos sobre o que ocorre no mais alto patamar da política brasileira. E como ambientalista, função que tenho orgulho de ter, o espaço da Câmara é desafiador, para tentar buscar apoios e tentar sensibilizar as autoridades sobre a situação precária que vive nosso Velho Chico. Outras viagens a Brasília devem acontecer em breve, pois fomos sondados pelo deputado Zequinha Sarney, que teve reconhecida atuação no meio ambiente, para falar sobre o Vidas Áridas na comissão que ele preside e que trata do meio ambiente.
Encontro com deputado Zequinha Sarney  




Délio Pinheiro e Geraldo Humberto

Há muito a ser feito, mas os desafios costumam se tornar menores quando nos cercamos de bons combatentes e força de vontade. Sabemos que os interesses que costumam inspirar as ações de boa parte de nossos representantes passam ao largo do que acreditamos e defendemos, mas precisamos ter confiança que é possível ter um mundo melhor. E convidamos você a ser nosso aliado. 

Comunicação e alguns ruídos parte 2

Sigo minha missão de deixar registradas neste blog algumas peripécias de minha carreira na comunicação, seja na TV quanto no rádio. E estes veículos são pródigos em produzir momentos impagáveis. A TV em Montes Claros comemorará 35 anos em breve, e muitos profissionais que já passaram pela emissora voltarão em breve ao vídeo numa bem produzida série preparada por meu colega Pablo Caires, e e certamente não vão faltar relatos deste tipo. 

É da natureza humana o protagonismo de histórias curiosas, sejam elas engraçadas, curiosas ou emocionantes. E teve uma que me recordei nesta semana ao proferir uma palestra em um Fórum de Comunicação. 

Eu estava fazendo uma reportagem na Catedral de Nossa Senhora Aparecida em Montes Claros quando percebi um jovem que havia dito alguns meses antes que tinha uma mania. A obsessão dele era aparecer no vídeo da TV. Ele me contou quando nos conhecemos que já tinha conseguido aparecer mais de uma dezena de vezes só na InterTV, onde trabalho. "Teve uma vez em um acidente, quando eu dei até entrevista. Outras vezes foi em situações ao vivo, quando eu aparecia no meio da multidão. Ah, e teve outra durante a exposição agropecuária". Em resumo, o cara é um típico papagaio de pirata. E ele não está sozinho, pois muitas vezes até prefeitos e deputados lançam mão deste estratagema quando algum político mais poderoso pisa no norte de Minas.

Neste dia na igreja o cinegrafista Marcelo Pimenta, que foi meu colega na InterTV, estava filmando a fila da Eucaristia, que é quando os fieis aguardavam a hóstia que representa o sangue e o corpo de Cristo. Nosso herói  resolveu buscar a dele. Marcelo filmava e o sujeito caminhava com um olho no padre e outro na câmera. Quando o moço já havia chegado bem próximo do celebrante, meu cinegrafista parou de filmar. O sujeito então recebeu a hóstia e voltou para o seu lugar. Pelo menos até perceber que havia outra equipe de reportagem na igreja, a da TV Geraes. O cinegrafista da emissora também passou a filmar a fila da Eucaristia. O rapaz não teve dúvida: voltou para a fila e com a maior cara de pau ficou no aguardo da hóstia, repetindo o gesto que fizera minutos antes.

Admito que fiquei tenso ao ver que, de novo, ele se aproximava do padre. Mas a experiência terminou antes que ele perpetrasse essa "heresia", graças a Deus, já que o cinegrafista da Geraes parou de filmar pouco antes do rapaz se encontrar com o padre. E sem a câmera virada para ele, o jovem voltou para o seu lugar. Ele não recebeu a hóstia duas vezes, mas foi por muito pouco. 
Mas alguém dúvida que ele iria desistir se a câmera continuasse filmando?

Historinhas do rádio:

# A velha concepção de que apenas uma voz grave basta para o sujeito se tornar locutor de rádio, em detrimento, por exemplo, da formação intelectual, é responsável por momentos muito curiosos. E quando o comunicador tropeça na língua portuguesa o tombo geralmente é feio. Tem o caso daquele locutor que estava contagiado pela euforia do companheiro lá do departamento comercial, que acabara de receber a notícia de que era tio pela primeira vez. Para comemorar o fato o locutor mandou um abraço para o amigo no ar: "Abraço pro Odair, todo contente... tá que não se aguenta... tá em polvoroso porque vai ser titio pela primeira vez...".

# O departamento de jornalismo de parte significativa das rádios do interior se limita a um profissional altamente gabaritado, o "operador de tesoura". Também conhecida por "Gilette Press", esta prática consiste em recortar as notícias impressas em jornais e levá-las para o locutor ler. Isso explica a razão de uma notícia como essa ter sido escolhida para o noticiário daquela emissora. O texto falava de uma tempestade de neve nos Estados Unidos, ocorrida no estado de Ohio. O problema é que o locutor leu o nome do estado aportuguesando-o. O resultado foi muito curioso: “Uma nevasca repentina atingiu o Ôio. Várias casas foram destruídas e pelo menos uma pessoa se feriu gravemente”. E como se não bastasse, o locutor concluiu: “Essa pessoa deve ter ficado cega, eu presumo”.
# Era a estreia do locutor em uma rádio de Janaúba. Ele avisara a família e os amigos que iria começar na rádio e todos ficaram esperando para ouvi-lo. Sabendo da expectativa de todos ele resolveu que a primeira música que anunciaria na emissora seria em inglês, porquê assim era muito mais chique e causaria mais impressão. O grande hit daquele ano era a música “By my side”, da banda australiana INXS, que deve ser lido desta forma: “In Excess”, ou em bom português “Em excesso”. Pois bem, talvez tenha sido o excesso de nervosismo o responsável por esta pérola. Depois de memorizar a pronúncia da música em voz alta dizendo: “Bai mai saide, bai mai saide”, o locutor estreia no rádio: “Olá gente, bom dia, a partir de hoje estarei sempre aqui na rádio e é bom contar com seu carinho. Para começar o programa tem a música By my side, Inquis.